Nascido em Vitória, Espírito Santo, Paulo Mendes da Rocha formou-se pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Mackenzie de São Paulo, em 1954. Neste mesmo ano, participou de um grupo de alunos interessados na arquitetura moderna.
A arquitetura proposta por Vilanova Artigas o influencia em seu primeiro grande projeto, o Clube Atlético Paulistano. Seu estilo é o concreto armado aparente, fechamentos em vidro, grandes espaços abertos, dentre outros elementos que viriam a caracterizar a 'Escola Paulista'.
Em 1961, passou a lecionar na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo. Neste momento discutia-se o papel social do arquiteto, o que não viria a agradar o governo militar que se instaurou no país em 1964. Em decorrência disso, seus direitos políticos são cassados em 1969 e é proibido de dar aulas. Retorna à faculdade apenas em 1980, juntamente de outros professores cassados.
Em 1998, torna-se Professor Titular de Projeto arquitetônico naquela escola, mesmo ano em que se aposenta compulsoriamente. Desde então recebe uma série de prêmios internacionais pela sua obra, realizada em várias partes do mundo, dentre os quais se destacam o Prêmio Mies van der Rohe para a América Latina (em 2001) e o Pritzker (em 2006). O primeiro brasileiro agraciado foi Oscar Niemeyer, em 1988, juntamente com o arquiteto norte-americano Gordon Bunshaft, única vez em que a premiação foi dividida.
Dentre alguns dos projetos que destacaram a carreira de Paulo Mendes estão a reforma na Pinacoteca do Estado de São Paulo, a Galeria Vermelho, o Museu Brasileiro da Escultura, o pórtico de entrada da Galeria Prestes Maia, na Praça do Patriarca, e a loja de móveis Forma. No âmbito internacional, participou da final do concurso para o projeto do Centro Pompidou, em Paris, em 1972, e desenhou o pavilhão brasileiro na Expo'70 de Osaka, Japão.